Mais 29 projetos industriais e de serviços receberam aprovação para serem executados na Zona Franca de Manaus (ZFM). Os investimentos, previstos em US$ 112 milhões, foram aprovados pelo Conselho de Administração (CAS) nessa quinta-feira (2). A estimativa é que, nos três primeiros anos, sejam criados 1.148 postos de trabalho no Polo Industrial de Manaus (PIM). Em relação ao faturamento, essas iniciativas devem gerar quase US$ 680 milhões no período.
De acordo com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), dez projetos aprovados são de implantação. Os outros 19 envolvem atualização, diversificação e/ou ampliação das linhas fabris já instaladas. Entre os de implantação está o de uma indústria plástica, com investimento total de aproximadamente US$ 11,7 milhões. Outro de destaque é o destinado ao setor de bicicletas elétricas, representando US$ 1,5 milhão. Em relação aos demais tipos de iniciativas, há melhorias previstas em uma planta de produção de máscaras descartáveis (US$ 1 mi) e outra de registradores e medidores de energia elétrica (US$ 30,4 mi).
Assuntos deliberados em reunião
As aprovações ocorreram durante a 292ª Reunião Ordinária, realizada por videoconferência. Essa foi a primeira participação do novo superintendente da Suframa, Algacir Polsin, que foi empossado em junho.
Na reunião, além de deliberar sobre os novos projetos, o conselho também tratou sobre o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA). Ele foi destacado por ser uma forma de diversificar a matriz econômica do Amazonas a partir, sobretudo, de bionegócios. “Já conversei com vários atores e, da minha parte, vamos fazer de tudo para viabilizar o CBA e dar o retorno que a sociedade merece”, destacou o novo superintendente da Suframa.
Outra questão levantada durante a videoconferência foi a prioridade dada pelo Ministério da Economia (ME) nessa região brasileira. Segundo o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do ME, Carlos da Costa, que presidiu o evento, são três as diretrizes macroestratégicas trabalhadas. “A primeira é tornar o modelo atual mais eficiente e rápido, e já conseguimos mais agilidade na aprovação dos projetos com menos burocracia, o avanço nos PPBs e vamos continuar fazendo isso. A segunda é o desenvolvimento complementar de novos vetores, que incluem a bioeconomia e os bionegócios. E a terceira é fazer com que o desenvolvimento seja equilibrado em toda a região”, pontuou Costa.
Em dois meses, US$ 250 milhões aprovados
Esse é o segundo lote de projetos para a Zona Franca de Manaus aprovado em um período de dois meses. Em maio, o CAS autorizou US$ 138 milhões em investimentos, distribuídos em 28 iniciativas. Nessa remessa anterior, a estimativa é para criação de 1,1 mil postos de trabalho e US$ 1 bilhão em faturamento.
Leia também:
Seis curiosidades sobre a Zona Franca de Manaus que você deveria saber