Vídeos mostram o momento em que o Stellar Banner é afundado

Três meses após encalhar na costa maranhense, o navio mercante Stellar Banner foi afundado em águas profundas. O procedimento foi realizado no fim da última semana, a aproximadamente 130 quilômetros da costa brasileira. O alijamento, como é chamado o processo, foi acompanhado por autoridades marítimas, órgãos ambientais e embarcações de apoio.

A decisão de afundar o graneleiro foi anunciada pela Marinha do Brasil no início de junho, após inspeções confirmarem que a embarcação não teria mais condições de navegabilidade. Os relatórios preliminares apresentados pela Polaris Shipping, proprietária do navio, apontaram que as avarias decorrentes do encalhe inviabilizariam novas operações do Stellar Banner.

Monitoramento ambiental

Além da Marinha, autoridades ambientais do Maranhão e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também acompanharam todo o processo envolvendo o navio. Para monitorar as condições ambientais durante a manobra, o Ibama utilizou uma aeronave especializada em detecção de óleo no mar. Após o alijamento, foram observados 200 litros de óleo na superfície. Porém, em virtude das correntes marítimas e da fácil dispersão, o resíduo não alcançou a costa brasileira.

Além dessa questão, o Ibama estima que os impactos ambientais estão limitados ao local imediato em que a embarcação assentou. Outros materiais potencialmente poluentes, como tintas e baterias, foram removidos antes do afundamento. Já o minério de ferro mantido no interior do graneleiro não gerará impactos no fundo do mar, conforme o órgão. Mesmo assim, o local seguirá em monitoramento. Em caso de poluição ou danos ambientais, a empresa responsável está sujeita às sanções previstas na legislação.

Entenda o caso do Stellar Banner

A embarcação encalhou na Baía de São Marcos (MA) no fim de fevereiro. O graneleiro estava carregado com minério de ferro para exportação, transportado pela mineradora Vale. A reflutuação parcial do navio foi concluída no início de junho, após a retirada da carga. O graneleiro foi, então, rebocado para uma área mais afastada da costa, onde ocorreram as inspeções.