Os feitos da engenharia parecem não ter limites, ainda mais quando se trata da China. Com a ajuda de pernas robóticas, um prédio de 7,6 mil toneladas ‘andou’, em Xangai. Foram necessários 18 dias para que a construção fosse movida de lugar. Trata-se de um edifício antigo, de 1935, o qual pertence a uma escola primária. A mudança foi necessária porque ela ficava em um local onde será construído um novo centro comercial.
Uma demolição não seria possível, pois o prédio foi tombado como patrimônio público. Para o deslocamento da edificação de cinco andares foram instaladas em torno de 200 pernas robóticas na base dela. Aplicando uma técnica de movimento semelhante a uma caminhada, elas levantaram a construção e a movimentaram por cerca de 60 metros, até outro ponto da cidade da China oriental.
Mesmo sendo incomum, mudar a localização de um edifício é possível, porém, algo difícil. De acordo com informações divulgadas pela Televisão Central da China (CCTV), o transporte de edificações é feito, geralmente, com o auxílio de grandes trilhos ou guindastes de enorme capacidade. Entretanto, por ser uma estrutura mais antiga, a arquitetura irregular da escola primária acabou se tornando um desafio ainda maior para os engenheiros. O uso destes trilhos poderia comprometer o prédio por completo, por isso foi optado pelas pernas robóticas com rodas.
Agora em novo endereço, o colégio passará por uma renovação, ganhando modernidade e inovação para receber os alunos, mas sem perder suas raízes históricas. Confira no vídeo abaixo como foi o processo de deslocamento:
A experiência de Xangai
Apesar de inusitada, pelo menos para os brasileiros, a experiência não foi uma grande novidade em Xangai. Isto porque, em 2017, um templo budista de 135 anos e 2 mil toneladas também foi movido de lugar, mas por cerca de 30 metros. Na ocasião, a mudança foi realizada para evitar incêndios decorrentes da queima de incensos bastante usados pelos visitantes. O processo foi concluído após 15 dias de pequenas movimentações.
Clique aqui e receba as notícias do OMDN no WhatsApp.
