Um contêiner é feito para durar, proteger a carga e se adaptar a diferentes tipos de transporte. Do navio ao caminhão ou trem até chegar ao destino final, tamanha versatilidade desta estrutura permite que a movimentação da carga seja prática e ágil, mas há protocolos a serem cumpridos.
O diretor operacional da Agillog Transportes, Leandro Coelho, explica que cada terminal tem o seu próprio regimento interno, com procedimentos específicos tanto para a retirada quanto para entrega.
Para retirar, o processo necessita estar totalmente liberado junto aos órgãos brasileiros competentes e no local que a carga foi designada, portuário ou retroportuário. Em seguida, é comunicado ao transportador que a unidade está pronta para o carregamento, assim o agendamento é realizado.
“Hoje praticamente todos os terminais trabalham de forma de agendamento prévio de carregamento, sendo necessário cumprir várias etapas, como data, janelas, prazos e documentação pertinente para que o carregamento ocorra normalmente”.
Para a devolução o processo é praticamente o mesmo, apenas não ocorre liberação prévia dos órgãos brasileiros. O direcionamento é feito pelo o armador ao terminal no qual opera, para receber, vistoriar e posicionar o contêiner. Também é necessário efetuar pré-agendamento para devolução.
“Um ponto importante é que os processos de importação e exportação ocorrem da mesma forma com os procedimentos, segue os mesmos padrões, contudo o processo no cliente é invertido”, observa o diretor operacional.
Já as transportadoras que realizam o serviço não precisam seguir nenhum requisito específico. De acordo com Leandro Coelho, todas as empresas legais estão aptas para o transporte. “Porém é um segmento no qual os veículos precisam ser desenvolvidos somente para o transporte em contêiner e estar dentro das regulamentações básicas”, acrescenta.
Atenção às avarias
Com a papelada em dia, é preciso prestar bastante atenção na parte operacional. Leandro Coelho relata que as avarias são um dos principais problemas no momento de transportar o contêiner. Isso porque é difícil que haja a identificação da origem do dano.
“Muitas vezes os terminais se isentam ou não percebem as avarias provindas de bordo do navio, ficando a caráter dos motoristas, que, no caso, quando efetuam o carregamento, precisam fazer uma vistoria prévia da unidade. Se houver avaria, precisa ser solicitado ao terminal a inclusão determinada do dano que não consta no termo, chamados EIR ou RIC – Recibo de Intercâmbio de Contêiner”.
Outro problema relatado são os danos na parte interna da estrutura. Como os contêineres são lacrados, não é possível identificar a avaria previamente. Quando são detectadas, os terminais costumam aguardar que o importador se responsabilize, o que nem sempre ocorre.
“Isso torna um processo que seria simples em lento e moroso, necessitando que o veículo permaneça aguardando uma posição das partes por horas, até mesmo dias para que seja resolvida a situação”, explica o diretor operacional.
No caso de demurrage (atraso), a devolução costuma ser prioridade, já que os valores da diária são altos e costumam ser cobrados em dólar. No entanto, elas não costumam ser tão recorrentes. O diretor operacional pontua que, quando a documentação é enviada ao transportador, ela costuma ser bem analisada, com prazo de coleta e entrega dentro daquele definido pelo armador.
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