Transporte aéreo de cargas: quando esta é uma boa opção?

Produtos valiosos, perecíveis ou prazos exíguos estão entre as situações mais recomendadas

Transporte aéreo de cargas pode ser a solução para situações especiais. Foto Freepik

Cada vez que alguém pensa em fazer uma longa viagem, a primeira opção que logo vem à mente é o avião. Mas e no caso do assunto referir-se a movimentação de cargas? Nem sempre é a possibilidade igualmente considerada. E apesar da preferência pelos navios, trens e caminhões, o transporte aéreo pode, em alguns casos, tornar-se a melhor escolha.

De acordo com os especialistas no tema a decisão sobre receber ou enviar mercadorias pelo meio aeroviário deve levar em consideração certos fatores como urgência, quantidade e até mesmo o tipo de produto. Por custar mais caro que os demais esta alternativa precisa ser bem avaliada e calculada de forma a manter a viabilidade do negócio.

Com 17 anos de experiência no setor, o desenvolvedor de negócios da Ethima Logistics, Carlos Castro, recomenda este modelo de solução em situações especiais. Produtos valiosos (onde o preço do frete não impacta), perecíveis ou contratos com prazos exíguos que necessitam ser cumpridos, são exemplos. “Peças de máquinas se encaixam em outra situação de celeridade, pois uma linha de produção pode estar parada aguardando o componente”, sugere o profissional. “Outra vantagem é conseguir atender locais remotos que outros modais não conseguem chegar”, acrescenta.

Tendo apenas 4% de participação no mercado de transporte de cargas, segundo levantamento da Oxford Economics, o meio aéreo luta com a principal desvantagem em relação aos demais que é o preço. Em geral, o seguro torna-se mais barato entre 30 e 50%, situação que carece ser levada em conta na compensação de custos, dificuldade de movimentar produtos a granel como minérios, petróleo, grãos e químicos, artigos perigosos e inclusive avaliar as especificações das aeronaves.

Conforme toda atividade cargueira, principalmente a internacional, o cumprimento de prazos de entrega tende a variar bastante devido a diversos motivos. No aéreo a expectativa é habitualmente de agilidade e quando ela se confirma, o cliente fica satisfeito.

Lembro que no ano passado, tivemos uma remessa vinda dos Estados Unidos e conseguimos certa companhia que permitiu fazer a transferência de Guarulhos até Navegantes via voo doméstico, o que agilizou muito. Isso foi possível, porque a carga era pequena o suficiente para seguir em aeronave com menor capacidade”, lembra Castro.

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