Quem é o armador no comércio exterior?

É ele quem explora comercialmente as embarcações mercantis

Empresa francesa CMA CGM está entre as maiores do mundo | Foto: CMA CGM

Ocupando mais de 70% da superfície do globo terrestre, os oceanos constituem a principal via de movimentação do PIB mundial. O armador é a pessoa física ou jurídica que, com recursos próprios, equipa, mantém e explora comercialmente as embarcações mercantis. Ele é o responsável por realizar o transporte marítimo entre os portos, em rotas determinadas conforme a demanda. Logo, não seria exagero considerá-lo a espinha dorsal dessas operações logísticas. Existem basicamente três tipos:

Portanto, o armador não é necessariamente o dono do navio que opera. Isto é, ele pode simplesmente possuir a concessão para utilizar embarcações e contêineres de terceiros. De fato, nem sempre a nacionalidade desses navios corresponde ao país de registro das atividades do armador. Sobretudo por questões tributárias, muitos armadores acabam por operar com navios de outros países, os quais oferecem vantagens fiscais.

Armadores estrangeiros predominam águas nacionais e internacionais

Ao contrário de outros modais, como o aéreo e terrestre, nos quais a presença de empresas nacionais é comum, todos os grandes armadores que atuam no Brasil, inclusive na cabotagem, são estrangeiros. Atualmente, os maiores do mundo são a italiana MSC, a francesa CMA CGM e a dinamarquesa Maersk Line, que já detinha a maior frota mundial e recentemente incorporou a alemã Hamburg-SÜD, tornando-se assim um verdadeiro gigante dos mares.

Apesar de concorrentes, os armadores frequentemente compartilham cargas entre si, objetivando otimizar a logística e reduzir os espaços vazios. Esse compartilhamento de espaço é chamado de “joint”. Desta forma, é muito comum se observar contêineres da Maersk em navios da MSC, e vice-versa.

Destarte, os armadores são peças fundamentais no funcionamento e no crescimento da economia mundial, contribuindo para o desenvolvimento dos países onde atuam. Tendo em vista a constante evolução do transporte marítimo, os portos estão sempre auferindo investimentos – privados ou públicos – de modo a receberem embarcações cada vez maiores.

 

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