O outsourcing é frequentemente confundido com terceirização por causa de sua tradução literária (out/fora + sourcing/fonte = fonte de fora), mas no mundo dos negócios esta função tem um significado e atuação muito mais importante. Ao contrário do termo em português (onde se delega a terceiros serviços que fogem da atividade principal) a empresa contrata outras organizações para áreas que fazem parte do core business, ou seja, setores fundamentais para a seu desempenho.
Para quem atua no mercado internacional o outsourcing contribui nas estratégias de planejamento da cadeia logística, desenvolvimento de produtos e conhecimentos nas operações de importação e exportação. Funciona como uma parceria e pode ser aplicado quando uma instituição de fora assume a produção ou prestação de tarefas e passa a atuar de maneira estratégica.
O analista de outsourcing Maicon de Farias Savi está nesta função há sete anos dentro da Eliane Revestimentos. Avalia que o processo é recomendado a uma companhia que precisa completar o portfolio ou expertise “considerando um cenário corporativo de mudanças constantes e de competição acirrada, devido à globalização”, completa.
Oportunidades e tecnologias
Na Eliane Revestimentos, o objetivo é acessar produtos com oportunidade de mercado e tecnologias ainda não disponíveis. Seja qual for o setor, o profissional responsável pelo outsourcing deve estar atento para potencializar os benefícios e minimizar as desvantagens.
Como pontos positivos destaco conhecer vantagens estratégicas que não existem internamente; manter o número de colaboradores, independente do aumento da produção; e acessar novos recursos humanos e tecnológicos”, enumera Savi, que também lembra que é preciso administrar a volatilidade cambial, o tempo necessário para integração e entendimento das partes e atenção ao padrão de qualidade da operação.
Para os profissionais que desejam se destacar a recomendação é ter conhecimento em logística e cadeia de suprimentos (nacional e internacional), idiomas, legislações, ter flexibilidade para lidar com diferentes culturas e capacidade de negociação. Graduado em Comércio Exterior pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), “que foi determinante para conseguir a minha primeira oportunidade”, relembra Maicon Savi, que continuou se aperfeiçoando com formações complementares e teve uma experiência no exterior. “Morei na Inglaterra por um ano entre 2006 e 2007 o que me auxiliou no aprendizado de outras culturas e da língua inglesa”. De volta ao Brasil, começou como estagiário de logística e exportação, passando para assistente, depois foi para a área comercial, virou analista de importação até chegar no outsourcing. “É uma atividade muito dinâmica com demandas e oportunidades globais”, finaliza.
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