O terminal alfandegado é uma área destinada ao recebimento de cargas de importação ou exportação controladas pela alfândega. São espaços devidamente licenciados pelos órgãos competentes, como a Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Conportos), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Marinha do Brasil, a Anvisa e a Receita Federal, que podem otimizar a logística alfandegária e apresentar alguns benefícios.
Menor custo de armazenagem
Sem necessidade de investimento em estrutura própria, importadores e exportadores, podem utilizar os serviços de empresas especializadas. A Poly Terminais, terminal alfandegado primário de uso misto, localizado em Itajaí/SC, opera uma dessas áreas e realiza operação portuária de navios de carga geral, cargas de projeto e granéis líquidos. Atende também na movimentação e armazenagem de cargas que demandem necessidades especiais, consolidação e desconsolidação ou que necessitem de regimes específicos para o efetivo desembaraço.
“É um local que presta serviços de carga e descarga, armazenagem e distribuição de mercadorias, através de uma estrutura operacional alfandegada, onde ocorre a nacionalização das mercadorias, assim como todo o tratamento logístico necessário para que elas cheguem, ao seu destino, da forma requerida pelo importador”, explica o gerente comercial da Poly Terminais, Jailson Felipe.
Terminal alfandegado tem estrutura diferenciada
Como não existe uma receita aplicável a todos os casos, o conhecimento e experiência de profissionais especializados conta muito. Para o diretor da UNQ Import & Export, Renato Barata Gomes, um planejamento bem feito poder fazer muita diferença. “Um exemplo que podemos contar é sobre uma empresa que nos procurou em busca de melhorias nos seus trâmites de logística alfandegária. Segundo o empresário, na última importação, a mercadoria caiu em canal vermelho, depois em cinza e ficou mais de quarenta dias parada no porto para ser liberada”, conta.
O contêiner em questão trazia produtos químicos de alto valor agregado e os custos extras com armazenagem foram muito altos. De acordo com o especialista, a análise adequada poderia ter reduzido este valor se o empresário tivesse optado previamente por nacionalizar em um terminal alfandegado.
Capacitação
Para o gerente da Poly Terminais, Jailson Felipe, a raiz do problema é a falta de capacitação para os negócios internacionais, incluindo a logística alfandegária, o que reforça a importância da informação e de se ter parceiros preparados para encaminhar os processos. “Geralmente, as pessoas responsáveis pelas importações das empresas estão ligadas ao setor comercial e interessadas em comprar e vender. Se estes profissionais não estão sendo bem orientados, acabam correndo riscos por apostar que a mercadoria será sempre liberada rapidamente. E, no caso do comércio exterior, paga-se valores muitos altos por qualquer erro”, conclui.
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