O incidente, descrito como o maior sequestro na África Ocidental em 2019, ocorreu cerca de 115 milhas náuticas a sudeste de Lomé, no Togo, neste domingo (15/12). Os piratas sequestraram 20 tripulantes de um navio-petroleiro com bandeira das Ilhas Marshall.
O petroleiro, identificado como o MT Duke, foi atacado e embarcado por seis piratas enquanto navegava de Luanda, Angola, para Lomé com uma carga de óleo combustível.
Dos vinte e um tripulantes do navio, os piratas sequestraram vinte homens indianos, enquanto se acredita que um marítimo nigeriano tenha sido deixado a bordo do navio.
O navio-petroleiro é de propriedade da Union Maritime do Reino Unido, que confirmou o ataque.
“A equipe da Duke é gerenciada pela V Ships, e a Union Maritime está trabalhando em estreita colaboração com eles e todas as autoridades relevantes para resolver a situação o mais rápido possível. A segurança e o bem-estar da tripulação continuam sendo a principal prioridade da Union Maritime”.
O último incidente ocorre menos de duas semanas depois que dezenove tripulantes foram sequestrados do navio Nave Constellation, perto de Bonny Island, na Nigéria.
“Com o mais recente seqüestro de 20 tripulantes indianos de Lomé, isso eleva para 89 o número total de funcionários indianos sequestrados na África Ocidental desde 18 de janeiro, tornando assim os nacionais indianos o maior volume de pessoal sequestrado que opera na África Ocidental”, informou a Dryad Global, empresa especializada inteligência e segurança marítima.
“Contudo, este não é o maior incidente envolvendo o sequestro de pessoal indiano, com um evento maior se originando no exterior do Benin em 1º de fevereiro de 2018, envolvendo o sequestro de 22 funcionários indianos do MV Marine Express.”
A empresa de segurança marítima disse ainda que o mais novo incidente é o 10º incidente de segurança marítima e o 4º incidente de sequestro nas águas do Togo este ano.
“As águas do Togo e Benin até agora sofreram uma redução muito pequena no número de incidentes quando comparadas com as de 2018, no entanto, com cinco sequestros em 2019 contra 0 em 2018, houve um aumento significativo de crimes marítimos graves e há um aumento direto no risco que as embarcações e tripulações enfrentam nessa área”, observou a empresa, acrescentando que é provável que os piratas estejam usando uma embarcação como nave-mãe para ajudar nas operações em alto mar.