MITO Para todas as limitações impostas na China, existem aplicativos muito parecidos, substitutos, os quais têm a mesma funcionalidade e sanam as necessidades dos chineses. Ou seja, não é um bloqueio de um tipo de serviço ou de atividade para controle dos cidadãos, mas sim de algumas particularidades que caracterizam a empresa ou o aplicativo em si e, claro, o desenvolvimento do país através de novas startups locais com marcas próprias.
No caso do WhatsApp, por exemplo, a substituição acontece pelo WeChat, aplicativo mais completo que, além da comunicação, agrega também outras funcionalidades como rede social e pagamentos. O Chinês só sente falta do WhatsApp quando precisa conversar com o mercado ocidental, pois internamente ele atende e supera as necessidades.
O Google é um caso especial também, já que no passado não quis se adequar a algumas políticas exigidas pelo país. Naquele momento, todos os serviços foram cancelados e os ocidentais que visitam a China sofrem até hoje pela Google-dependência. Lá, de qualquer forma, além dos sites de pesquisa chineses, é possível utilizar o Bing e o Yahoo tranquilamente.
O fato é que a China é prática nas suas decisões, pois não pode parar. Afinal, são 1,2 bilhões de habitantes. Imagine na sua cidade uma população seis vezes maior com as facilidades atuais. Seria um caos, certamente. Por isso, a China funciona à sua maneira, buscando superar uma história traumática do comunismo de Mao, que não permitia acesso a nada. Hoje, disponibiliza as suas versões de aplicativos que se adaptam melhor à realidade e desenvolve o país desgastado pela história.