MITO Mesmo no meio empresarial, é comum ouvir o comentário de que importar prejudica a indústria nacional e que, na outra ponta, exportar é muito benéfico. A repercussão naturalmente é expandida para o senso comum, seja em mídia não especializada e o próprio cidadão, que acaba fazendo deste mito uma verdade mascarada.
O principal problema, aqui, é separar as duas possibilidades. Primeiro, porque não é possível pensar em abertura de mercado apenas com a venda de produtos. É preciso entender que a mesma abertura para venda deve ser habilitada para compra também. Caso contrário, as portas de qualquer país estarão fechadas.
Em segundo que, para exportar com qualidade, preço e serviço a superar uma concorrência mundial, é preciso ter a maior e melhor condição possível. Para isso, as tecnologias disponíveis no mundo devem ser usadas e aproveitadas ao ponto de chegar ao êxito do negócio.
Exportar sem ter as melhores condições de produção é levar a indústria a uma concorrência desleal. Com isso, é natural a especialização em exportação de produtos primários, que não dependam de tecnologia importada e contem com a disponibilidade natural, ou produtos de nicho, limitando as possibilidades gerais.
A verdade é que as duas pontas precisam ser trabalhadas em conjunto, permitindo que a importação alimente a exportação e vice-versa. Acabar com o preconceito da importação, tendo a consciência das limitações nacionais, é um grande passo para dirimir o mito de que exportar é bom e importar é ruim.
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