MITO Muito se especula no mercado sobre as consequências de uma aproximação entre países ou blocos econômicos. Uma parte dele, por falta de conhecimento ou apenas ideologia, chega a afirmar que essa abertura pode colocar em risco a indústria nacional, o que não é verdade.
Nenhum país é autossustentável. É necessário contar com outros que compartilhem tecnologia, tendências ou mesmo complemento de alimentação para uma demanda interna. A China, por exemplo, importa arroz do Brasil, pois a produção local não é suficiente para atender a população. Os exemplos de isolamentos são claros se analisarmos as consequências econômicas negativas na Venezuela, Coreia do Norte e Cuba.
A aproximação entre Mercosul e União Europeia é muito salutar para o Brasil. Seja para alcançar mercados com mais competitividade, através da exportação, ou receber possibilidades externas com a importação facilitada, promovendo circunstâncias de manter as empresas com maiores condições de atender o mercado. No final, o cidadão é quem ganha.
Os benefícios, neste caso da importação, estão baseados exclusivamente no Imposto de Importação. Os outros tributos, que equiparam o fornecedor internacional à indústria local, como IPI, PIS, Cofins e ICMS, continuarão incidentes conforme legislação. Por isso, não se trata de uma questão de ameaças, mas sim de mais possibilidades, favorecendo as empresas que estão qualificadas e dispostas a melhorarem no mercado global.
Por isso, o acordo não é prejudicial ao mercado brasileiro. Ele é prejudicial apenas às empresas sem capacitação, que se apoiam na justificativa de concorrência desleal para se manterem acomodadas. Aquelas que estiverem dispostas a enxergarem a abertura como oportunidade, certamente, usufruirão destas possibilidades.