A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgou dados para os mercados globais de frete aéreo, mostrando que a demanda, medida em quilômetros por tonelada (FTKs), diminuiu 4,5% em setembro de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018. Isso marca o décimo primeiro mês consecutivo de queda anual nos volumes de frete, o período mais longo desde a crise financeira global em 2008.
A capacidade de carga, medida em quilômetros de frete disponíveis (AFTKs), aumentou 2,1% em relação ao ano anterior em setembro de 2019. O crescimento da capacidade ultrapassou o crescimento da demanda pelo 17º mês consecutivo.
A carga aérea continua a sofrer com a intensificação da guerra comercial entre os EUA e a China e a Coréia do Sul e o Japão, com a deterioração do comércio global, e com a fraqueza em alguns dos principais fatores econômicos.
Os pedidos globais de exportação continuam caindo. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) que rastreia novos pedidos de exportação de manufatura indica queda de pedidos desde setembro de 2018.
“A guerra comercial EUA-China continua afetando o setor de carga aérea. A negociação de outubro entre Washington e Pequim é uma boa notícia, mas negócios de trilhões de dólares já foram afetados, o que ajudou na queda da demanda de 4,5%. E podemos esperar que o difícil ambiente de negócios para carga aérea continue “, disse o diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac.
Desempenho Regional de Frete Aéreo da América Latina
As companhias latino-americanas sofreram uma queda na demanda de frete aéreo em setembro de 2019 em 0,2% em relação ao mesmo período do ano passado e uma queda na capacidade de 2,9%. Apesar das indicações de recuperação da economia brasileira, a deterioração das condições em outros locais da região, juntamente com a desaceleração do comércio global, impactaram o desempenho da região.
Leia também…
Demanda de carga aérea cai pelo décimo mês consecutivo
Guerra comercial afeta a demanda de frete aéreo