A vitória do peronista Alberto Fernández nas eleições da Argentina deixa os empresarios em expectativa sobre o futuro do calçado brasileiro no mercado vizinho. Durante parte dos mandatos de Cristina Kirchner, eleita vice-presidente, houveram barreiras que geraram dificuldades e prejuízos às empresas do Brasil.
Apesar de ser cedo para formação de qualquer prognóstico mais definitivo, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), em virtude de barreiras anteriores já impostas ao calçado brasileiro na Argentina, avaliou o resultado das eleições.
Para o presidente-executivo da entidade, Haroldo Ferreira, a eleição do novo mandatário, com viés mais protecionista do que o liberal Maurício Macri, traz novamente o fantasma de dificuldades nas exportações para a Argentina.
É natural que exista o receio (da volta dos entraves). Durante boa parte do governo de Cristina Kirchner, hoje vice-presidente na chapa eleita, tivemos problemas com a liberação de licenças, com prejuízos que chegaram a mais de US$ 200 milhões”, recorda.
Mesmo com a crise na Argentina, o país segue sendo o segundo principal destino internacional do calçado brasileiro, atrás apenas dos Estados Unidos. Entre janeiro e setembro deste ano, foram exportados para lá 7 milhões de pares, que geraram US$ 77,14 milhões, quedas tanto em volume (-25,5%) quanto em receita (-33%) na relação com igual período de 2018.
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