Importações e exportações possuem especificidades que precisam ser analisadas antes e durante as operações. No porto, uma série de mecanismos ajuda a garantir e otimizar o fluxo desses processos dentro da área alfandegada. Na Portonave, por exemplo, a movimentação de entrada e saída de contêineres é baseada em estratégias bem definidas, focando na eficiência e agilidade.
Nas exportações, os contêineres são armazenados em quadras voltadas para o cais. Segundo o supervisor comercial da Portonave, Luis Henrique dos Santos Lemos, isso busca otimizar o uso de equipamentos Terminal Tractors para concluir o movimento shore to ship (costa para o navio). Já em importações, os contentores são direcionados próximos ao gate, para que as transportadoras permaneçam o mínimo possível no terminal.
Essa estratégia resulta em uma operação de navio mais rápida, baixo índice de congestionamentos entre caminhões e atendimento aos dois fluxos de operação simultaneamente (até em horários de pico), sem perder a eficiência da operação portuária como um todo”, explica o supervisor.
Nos últimos anos, a Portonave tem registrado um volume total de exportações entre 10% e 20% superior ao de importações. Entre os fatores que pesam para isso está a variação cambial, que segue em patamar favorável ao envio de cargas ao exterior. “À medida que o real é desvalorizado, a importação se torna mais cara, fazendo com que empresas reavaliem seu planejamento estratégico. Mas isso não significa que devem parar de importar. Em contrapartida, uma alta do dólar, geralmente, significa aumento de receita para os exportadores brasileiros e maior flexibilidade nas negociações”, explica Lemos.
Outros fatores que também contribuem a esse cenário é a burocracia aplicada às importações e o incentivo governamental às exportações.
Preparado para possíveis oscilações
Em um universo tão dinâmico quanto o do comex, não são incomuns períodos em que um tipo de processo prevalece em relação ao outro. Nessas horas, contar com planejamento operacional bem estruturado, estar atento ao mercado e ter tecnologias de ponta ajudam a garantir a eficiência das operações. “De modo geral, estamos em constante contato com os clientes e parceiros do comércio exterior, o que nos permite ficar por dentro das oscilações de mercado em tempo real. Desta forma, buscamos traçar estratégias específicas para passar fases de baixa demanda da melhor maneira possível”, comenta Lemos.
Atualmente, o segmento madeireiro de reflorestamento ocupa o primeiro lugar nas exportações operadas em Navegantes (SC). Em seguida, figura o mercado de congelados bovinos, suínos e aves.
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