Empresas ligadas ao comércio global estão se preparando para uma possível maior escalada do conflito EUA-China. A guerra comercial atingiu um novo pico com a acentuada depreciação da moeda chinesa e a declaração da administração de Donald Trump, presidente dos EUA, sobre a China como manipulador de moeda, segundo relatório do WSJ, junto com as ameaças de tarifas ainda mais altas além das exigidas em 1º de setembro. A atitude seria uma resposta da China à imposição de novas tarifas de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses pelos EUA.
Os mercados globais reduziram suas perdas, com a moeda chinesa se estabilizando acima do nível crítico de 7 yuans para o dólar. Mas o estremecimento que percorreu os mercados anteriormente destaca as preocupações crescentes de empresas que ainda estão redesenhando cadeias de fornecimento para responder às tarifas impostas no ano passado. Isso já está provocando um êxodo de fabricação da China para outros países.
O novo conflito sugere que não há nenhum acordo de comércio no horizonte e que mudanças ainda mais profundas e duradouras nas cadeias de fornecimento globais estão chegando.
O principal índice da B3, a Bolsa de valores de São Paulo, caiu abaixo dos 100 mil pontos durante a segunda-feira. Porém, recuperou os seis dígitos e fechou primeiro pregão da semana com queda de 2,51%, a 100.097 pontos.
O especialista em negócios internacionais do Portal OMDN, Marcelo Raupp, escreveu um artigo onde lista três motivos para os bons preços dos chineses e um deles é a desvalorização da moeda frente ao dólar.
Isso permite que o preço em dólar do produto chinês fique lá embaixo. Se o custo de produção for igual nos dois países, por exemplo, apenas a diferença cambial faz com que o preço em dólar na China fique sete vezes mais barato”, escreve Raupp.