França aceita adiar criação de imposto sobre transações online

Ministro anuncia intenção de trabalhar com OCDE para viabilizar ideia

O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire concede entrevista na cidade suíça de Davos. Foto World Economic Forum / Valeriano Di Domenico

A França aceitou adiar a criação este ano de um imposto sobre transações online, em troca do compromisso dos Estados Unidos de não impor por certo tempo tarifas retaliatórias.

O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, fecharam acordo sobre o tema na cidade suíça de Davos, onde se encontraram à margem do Fórum Econômico Mundial.

Em entrevista a jornalistas, Le Maire disse que ele e Mnuchin reafirmaram a determinação de trabalhar com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) na criação de regras internacionais capazes de regular a criação de impostos sobre transações online.

O governo dos Estados Unidos havia reagido fortemente contra o plano da França de taxar gigantes de tecnologia, argumentando que a medida equivaleria a discriminação contra várias empresas americanas, como Google e Facebook. Washington estudava a possibilidade de represálias por meio da imposição de sobretaxas em total correspondente a US$ 2,4 bilhões sobre importações de champanhe, bolsas e outros produtos franceses.