Responsável por movimentar mais de US$ 500 milhões em 2018, a exportação de produtos cerâmicos tem contribuído para o aquecimento da economia interna. Entretanto, a fidelização de clientes internacionais e abertura de determinados mercados ainda são desafios para as empresas que decidem ampliar a área de atuação. Por isso, estar atento às oportunidades é fundamental na busca por estreitar laços com parceiros de outros países.
Para a analista de exportação da Decor Export Representações Comerciais, Barbara Zanette Degasperi, o processo de fidelização de clientes se torna peça-chave para o comércio internacional. Ainda mais o Brasil sendo considerado um dos principais players cerâmicos do mundo. Segundo ela, esse posicionamento gera resultados especialmente na América do Sul, onde o produto nacional ganha da China em competitividade. “Temos uma grande quantidade de fábricas brasileiras posicionadas e trabalhando com exportação, possibilitando ao cliente um leque maior de opções para escolher importar. Mas precisamos estar sempre nos inovando e buscando novas alternativas para enfrentar o processo de exportação que, ainda para alguns destinos, se torna muito burocrático”, analisa.
No caso da Decor Export, por exemplo, a atuação voltada ao setor cerâmico favorece relações mais próximas com clientes externos. “Sem dúvida isso contribui, pois, dessa forma, possuindo um segmento como foco, você consegue se especializar ainda mais no produto que está vendendo, agregando conhecimento específico e técnico para auxiliar o cliente a vender ao consumidor final, além de ganhar experiência em todos os tipos de inconvenientes que podem ocorrer durante o processo e conseguir solucioná-los com maior rapidez”, observa Barbara.
Estratégias para a fidelização
Nesse processo, segundo ela, pequenos detalhes fazem toda diferença para ganhar a confiança e, consequentemente, a fidelização nas relações comerciais. “É muito importante buscar estratégias para se diferenciar da concorrência, como prestar um atendimento de qualidade, buscar soluções logísticas para entrega de um material urgente, pensar na viabilidade de desenvolver um produto específico para a necessidade do cliente, ter conhecimento das leis e burocracias que envolvem o processo de exportação do produto e adaptar sua embalagem para que esteja em conformidade com as exigências do país importador”, detalha.
Atuação profissional
Graduada em Comércio Exterior pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e com MBA em Controladoria e Finanças pela mesma instituição, Barbara tem uma atuação dinâmica com os clientes. As atribuições da analista de exportação vão desde o primeiro atendimento às empresas, passando pelos processos que envolvem a elaboração de pedidos até chegar aos trâmites do pós-venda.
Para ela, a motivação na carreira vem, justamente, desses desafios diários e do contato direto com diferentes locais do planeta, numa troca de experiências que não deixa o trabalho cair na rotina. “O comércio exterior é isso: o fato de você poder conectar interesses de pessoas de todo o mundo, negociar com culturas completamente diferentes da sua, idiomas diferentes, e todos os dias trabalhar para deixar o Brasil ainda mais presente em todos os continentes. É aproximar países, desenvolver estratégias e explorar novos produtos e serviços”, finaliza Barbara.
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