Pelo segundo ano consecutivo, as exportações de mercadorias dos Estados Unidos para a China diminuíram. Conforme o Conselho Empresarial EUA-China (USCBC, em inglês), o recuo foi de 11,4% em 2019, para US$ 104,8 bilhões. Além disso, apenas dois quintos dos estados tiveram crescimento nas exportações de cargas para o país asiático no ano passado.
Os dados foram apresentados no Relatório Estadual de Exportação 2020, que oferece uma perspectiva das empresas americanas que compõem o USCBC. A redução percebida nas transações impactou ainda negativamente o número de empregos nos EUA, com recuo de 10%. Enquanto em 2017 as exportações combinadas de bens e serviços para a China apoiavam mais de 1,1 milhão de empregos no país, em 2018, o número caiu para menos de um milhão.
Segundo o USCBC, as quedas acentuadas dos últimos dois anos foram motivadas pelas tarifas e o ambiente de negócios incerto. Além disso, essas exportações não foram totalmente compensadas pelo crescimento das vendas para outros mercados.
Serviços e resultados
Por outro lado, de acordo com o relatório, as exportações de serviços para a China se estabilizaram. Os dados disponíveis na última década apontam crescimento de 230%. Porém, de 2016 a 2018, o aumento médio foi de apenas 2%, em comparação com mais de 18% de 2009 a 2016.
Apesar dos resultados, a China ainda conseguiu ser o terceiro maior mercado importador de bens e serviços dos EUA. Somente os parceiros da USMCA, Canadá e México, compraram mais produtos dos Estados Unidos no ano passado. Para os serviços, a China permaneceu o terceiro maior mercado, depois do Reino Unido e do Canadá.
Em 2019, as principais exportações de mercadorias dos EUA para a China incluíram produtos e peças aeroespaciais, semicondutores e componentes, e oleaginosas e grãos.
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