As exportações de produtos químicos seguem registrando queda no Brasil. O valor exportado no mês de setembro foi de US$ 954,6 milhões, e significou uma redução de 16,6% em relação a mesmo mês de 2018. Por outro lado, o país importou US$ 4,1 bilhões, valor que representa aumento de 3% na mesma comparação.
O déficit na balança comercial de produtos químicos, até setembro, chegou a US$ 23,8 bilhões, representando um aumento de 10,3% em relação a igual período de 2018. Nos últimos 12 meses (outubro de 2018 a setembro deste ano), o déficit já atingiu US$ 31,8 bilhões, validando mês após mês as expectativas de que, até o final do ano, o valor será recorde, de mais de US$ 32,1 bilhões.
Os produtos químicos mais importados foram os intermediários para fertilizantes, cujas compras externas totalizaram US$ 862 milhões no mês, leve aumento de 1,1% contra agosto de 2019, mês imediatamente anterior. Já as mercadorias mais exportadas foram as resinas termoplásticas com vendas de US$ 134,6 milhões, redução de expressivos 22% contra agosto e de 29,6% na comparação com setembro do ano passado.
Crise na Argentina prejudica exportação de produtos químicos
Para a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, o delicado momento econômico enfrentado pela Argentina, principal mercado de destino das exportações brasileiras de produtos químicos, a ainda instável retomada do crescimento nacional e o fato da proposta de abertura comercial estar caminhando a passos mais acelerados do que as demais reformas nacionais acenderam a luz vermelha na indústria brasileira.
Num momento em que a Argentina enfrenta um dos mais dramáticos episódios econômicos de sua recente história econômica e em que o Brasil busca os caminhos certos para a retomada sustentável do seu crescimento, se torna ainda mais decisivo que a nova realidade tarifária esteja condicionada às demais reformas estruturantes da economia nacional, com foco na melhoria sistêmica e progressiva do ambiente de negócios, por meio de medidas que possibilitem a recuperação e o reforço da competitividade dos produtos brasileiros”, destaca Denise.
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