As exportações de carne suína do Brasil ganharam impulso com a guerra comercial entre China e Estados Unidos. A alta taxação de impostos aplicada de forma recíproca pelos dois países tem levado ambos a buscarem fornecedores que não encareçam suas importações. Com isso, abre-se a oportunidade para que outros países absorvam a demanda.
De acordo com o Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços nos primeiros seis meses de 2019, as exportações de carne suína somaram $ 784,57 milhões de dólares (30,4% a mais que em 2018) com volume de 362.842 toneladas (23% a mais que em 2018).
Este crescimento se reflete também nos portos. A Portonave foi, no primeiro semestre de 2019, um dos terminais líderes na movimentação de carne suína no Brasil, com 22,64% das movimentações realizadas no país.
A peste suína africana na China também favoreceu esse quadro e o cenário vem sendo aproveitado por quem detém condições e logística adequada.
Nossa Câmara Frigorífica é habilitada para os principais mercados mundiais e dá importante apoio logístico que busca integrar armazém de carga à área portuária. Com isso, estamos aptos a absorver demandas inesperadas e aproveitar as oportunidades que surgem”, comenta o gerente comercial Juliano Perin.
Santa Catarina é responsável por 55% das exportações de carne suína no Brasil e a movimentação desse produto corresponde a 13% das exportações refeers do Terminal. “Apesar de todas as dificuldades do mercado global, a Portonave continua sendo um dos principais Terminais responsáveis pela movimentação de carne suína do Brasil”, destaca Perin.
Leia também…
EUA e a China devem retomar negociações em breve
Exportações do setor cerâmico para os EUA cresceram 70%
Containers: guerra comercial pode diminuir demanda em 0,5%