A China é o segundo maior comprador do pescado brasileiro, com 29 toneladas. Um volume pouco significativo se comparado ao total importado pelo Brasil, que chega a nove mil toneladas do produto chinês. Atualmente, apenas 97 empresas brasileiras estão habilitadas para a exportação de pescado para a China enquanto 174 estabelecimentos de pescado chinês estão habilitados a exportar para o Brasil.
Esta relação mostra o quanto o Brasil pode ampliar seus negócios com o exterior e equilibrar as relações comerciais. Uma reunião entre representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), entidades e empresas do setor privado de várias regiões do país discutiu ações para ampliar as vendas para o mercado externo e expandir o consumo de pescados pelo brasileiro.
O foco, em relação ao comércio internacional, se concentrou na exportação de pescado para os mercados da China e União Europeia. No caso do parceiro asiático foram discutidos detalhes que dificultam a intensificação do comércio do produto. De acordo com levantamento da Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP), há entraves como demora na atualização cadastral e de inclusão de empresas, bem como ampliação na lista de novas espécies por parte dos chineses.
O governo brasileiro, por intermédio do Mapa, tem respondido às exigências apresentadas pela China, afirmou Ana Lúcia Viana, diretora da Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério, que participou das discussões.
Na avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias de Pesca dos estados do Pará e Amapá, Apoliano Nascimento, é preciso intensificar as conversações sobre as restrições com o governo chinês, pois é um mercado significativo para o setor. Na mesma linha segue Roberto Imai, do departamento de Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Para ele, a demanda por proteína animal por parte dos chineses, em virtude do tamanho da população e a redução de oferta devido à peste suína que assolou os rebanhos, é uma oportunidade para intensificar as vendas do produto brasileiro.
Já em relação à União Europeia, empresas armadoras (barcos) podem solicitar a habilitação à SAP para comercializar com aquele mercado, desde que estejam adequadas as instruções normativas já definidas para exportação de pescado.
Com informações da AB
Leia também…
Brasil e Coreia do Sul firmam parceria no setor portuário