Os Estados Unidos e a China devem assinar um acordo comercial de primeira fase nesta quarta-feira para resolver alguns dos problemas que estão no centro de um impasse econômico que persistiu entre as duas maiores economias do mundo nos últimos 18 meses. O presidente dos EUA, Donald Trump, está hospedando o vice-primeiro-ministro chinês Liu He para uma cerimônia de assinatura na Casa Branca.
Apesar das expectativas, analistas consideram uma trégua frágil, após meses de uma crise que abalou a economia mundial.
“A assinatura dessa trégua, apesar de ser bem-vinda, não muda a realidade de que os dois países estão em posições cada vez mais antagônicas”, observou a analista da unidade de investigação Rand Corporation. Ali Wyne, citado pelo jornal Financial Times.
Washington considera a ascensão econômica de Pequim uma ameaça à segurança do país e à dos aliados e parceiros. Enquanto isso, Pequim considera como fundamentais a aceleração da inovação local e a abertura de mercados de exportação alternativos”, afirmou.
Os lados concordaram com o acordo em meados de dezembro. Ele pede que a China aumente suas compras de produtos dos EUA, interrompa a prática de forçar empresas estrangeiras a transferir tecnologia e não manipule sua moeda para tornar suas exportações mais baratas.
Os Estados Unidos já removeram a designação da China como manipuladora de moeda e, sob o acordo comercial, está suspendendo os planos de adicionar novas tarifas a bilhões de dólares em produtos chineses, enquanto reduz pela metade as tarifas em cerca de US $ 110 bilhões em produtos chineses.
As tarifas dos EUA permanecerão em vigor em cerca de US $ 360 bilhões em importações da China.
O acordo também não trata dos subsídios da China a empresas estatais, uma questão que provavelmente será discutida na próxima fase das negociações comerciais.
Negociações adicionais não são esperadas tão cedo.