Exportadores do país podem esperar um dólar a R$ 4,00 até o ano que vem, sem expectativa de redução, afirmou o chefe da Divisão Econômica da CNC, Carlos Thadeu de Freitas Gomes. A declaração foi feita na mesa de abertura do Encontro Nacional de Comércio Exterior – Enaex 2019, nesta quinta-feira (21/11). “O país atravessa um bom momento. O dólar não vai ficar abaixo de R$ 4,00. Os exportadores podem esperar um câmbio ao redor de R$ 4,20. A expectativa de que o dólar caia não vai acontecer”, disse.
Para o presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, a despeito dos indicadores sinalizarem desaceleração da economia mundial para 2020, o ano de 2021 será o ano de virada para o comércio exterior do Brasil, com destaque especial para as exportações de produtos manufaturados.
Castro acredita que as aprovações das reformas trabalhista, previdenciária e, possivelmente, tributária; as concessões realizadas e programadas no segmento de infraestrutura; a implantação do acordo de facilitação do comércio no final de 2018; e a finalização do portal único de comércio exterior são fatores que atraem investimentos produtivos e podem gerar condições para elevação da produtividade e ampliação da competitividade do produto brasileiro interna e externamente.
Todos sabemos que os problemas do Brasil são internos, assim como também as soluções, e que sem reformas o Brasil não terá futuro, somente passado e ainda assim incerto”, analisou.
Também presente na abertura, o Secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Marcos Degaut Pontes, ressaltou o papel relevante da economia nacional de defesa na implementação de uma estratégia efetiva para expandir o comércio exterior do país de forma produtiva e sustentável. “A economia de defesa e segurança é responsável por gerar 4% do nosso PIB. Se hoje temos alguns bens indispensáveis para nosso dia a dia é porque foram feitos investimentos na defesa e na segurança”.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, embora o desenvolvimento econômico do país ainda seja tímido, os sinais de melhora já aparecem. “Temos que acreditar nas respostas do atual governo. A medida de desburocratização para as micro e pequenas empresas já foi um passo importante”.