Desde a inauguração, a estrutura ampliada do Canal do Panamá recebeu mais de 9 mil trânsitos dos chamados Neopanamax. O terceiro jogo de eclusas completa quatro anos em funcionamento, com papel importante para a competitividade da rota interoceânica. Somente em 2020, mesmo com a redução nas operações em razão da pandemia de Covid-19, já foram mais de 2,2 mil trânsitos envolvendo essa classe de navios.
Segundo a Autoridade do Canal do Panamá (ACP), o segmento de porta-container é o que mais utiliza a via expandida. Essa categoria de navios representou 46% dos trânsitos registrados nesses quatro anos de operações. Em seguida, as embarcações Neopanamax mais comuns são as de GLP (25%), GNL (12%) e graneleiros (9%).
Com estrutura adequada para atender navios maiores, consequentemente, o canal tem aumentado a capacidade de operações. Até 2016, as eclusas só permitiam a passagem dos chamados Panamax, que transportam uma média de 4,8 mil containers. As novas comportas passaram a permitir o trânsito de embarcações até três vezes maiores (15.455 containers) pelo Panamá.
Novas estruturas consolidam a rota
Na avaliação da ACP, o canal ampliado tem contribuído ativamente para a consolidação e competitividade da hidrovia. “Desde a sua abertura, em 26 de junho de 2016, o terceiro conjunto de eclusas aumentou a capacidade do Canal do Panamá, a ponto de, com 27% dos trânsitos de navios, representar 50% da tonelagem que a rota aquática mobiliza”, ressaltou a autoridade responsável pela rota marítima entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
Em 2020, em meio à pandemia, as novas eclusas têm auxiliado no transporte de suprimentos essenciais para a economia global. Durante este ano fiscal, o canal ampliado já operou 13 milhões de toneladas de gás de cozinha e 4,9 milhões de toneladas de grãos.
Leia também:
Canal do Panamá avalia estratégias para o futuro das operações
Canal do Panamá: um “atalho” interoceânico