Visita em feiras
Os últimos dois dias foram de visitas às feiras. Primeira feira é a CISMA (China International Sewing Machinery & Accessories Show), de tecnologia para indústria têxtil, ou seja, máquinas, automação e tudo que envolve o segmento no sentido produtivo, de maquinário mesmo. E no segundo dia, hoje visita a feira Intertextile Shanghai Apparel Fabrics que oferece aviamentos, tecidos e uma tecnologia já em produto.
A impressão em visita às feiras chinesas continua a mesma. A capacidade desenvolvida por eles de apresentar novidades em termos tecnológicos e tendências. Na feira de máquinas, apresentam automação, muitas possibilidades e ideias que eles sugerem em termos produtivos, isso para padronizar processos e dar mais resultados em qualidade, claro. E principalmente produtividade e redução de custo.
E na feira de tecidos, tecnologia em produto propriamente, qualidade dos tecidos, diversidade dos mesmos, novidades principalmente, em se tratando de tecidos e aviamentos. Os chineses promovem isso, e as feiras oportunizam aos outros países, nós brasileiros por exemplo, conhecer e levar para o Brasil todas as novidades. Claro quem veio primeiro tem a oportunidade de usufruir dos benefícios do pioneirismo.
Aproximando relacionamentos
Ontem à noite, nós acabamos o dia num happy hour num boteco brasileiro, uma região que chama de Julu Lu, com vários bares, de diferentes origens e esse bar chamado Boteco Brazilian Bar & Food, onde ali a gente não tomou Brahma, claro, mas comemos aipim frito, pastel, pururuca, bolinho de feijoada, frango a passarinho, enfim, comidas típicas brasileiras, que fazem lembrar um pouco a nossa cultura.
A região de Xangai tem muitos brasileiros, e aí é uma comunidade que pode se reunir para lembrar da própria nação, mas também receber estrangeiros de outras origens e tudo mais, que tenham essa simpatia com o Brasil, afinal em se tratando de festa, de ser bom anfitrião e entretenimento, os brasileiros e o Brasil, ainda são muito bem visto pelos europeus e americanos.
A noite terminou com um jantar típico com os chineses, numa sala privada, com uma mesa redonda, onde as comidas são colocadas no meio e a parte interior do vidro gira, para que a comida chegue a todo mundo. Uma diversidade e quantidade de comida tremenda, mas sempre muito baseada em qualidade. Embora os brasileiros tenham medo da cultura chinesa, a comida é muito boa, porque ela é muito fresca e muito bem preparada.
Claro que precisa saber pedir de acordo com a nossa cultura, brasileiros muitas vezes sofrem aqui por não saber pedir e acabam recebendo às vezes comidas que não são do agrado cultural, por exemplo, os frangos não muito bem passados, quase crus na verdade, muitas vezes com a própria cabeça, que acaba sendo uma iguaria. A pessoa mais importante da mesa, normalmente é quem come a cabeça do frango ou de outras aves, então o importante é saber pedir pois a comida chinesa é muito boa.
E esse happy hour é importante para aproximar relações, já que o chinês, valoriza isso muito, essa proximidade. Não se fala em negócios durante esses momentos, é simplesmente um momento para desenvolver a relação.
Então dois dias muito produtivos e muito bem aproveitados.
Diário da China
O especialista em negócios internacionais e colunista do Portal OMDN, Marcelo Raupp, está realizando a 14ª viagem de negócios para China, e neste Diário da China conta detalhes e curiosidades da rotina que está vivenciando no país asiático. Acompanhe também nos stories Instagram, O Mundo dos Negócios vídeos e mais detalhes desta saga até o oriente.
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