Déficit acumulado das contas externas chega a US$ 34 bilhões

Número foi atualizado a partir do déficit de US$ 3,487 bilhões de setembro

Foto Agência Brasil

O déficit em transações correntes, que são compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do Brasil com outros países, atingiu US$ 34,055 bilhões, no acumulado entre janeiro de setembro de 2019. O número é superior aos US$ 18,566 bilhões registrados em igual período do ano passado. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (24/10), em Brasília, pelo Banco Central (BC), o déficit de setembro chegou a US$ 3,487 bilhões. O resultado ficou bem acima do registrado em igual mês de 2018: déficit de US$ 194 milhões. Segundo o BC, o maior resultado negativo das contas externas foi influenciado pela redução no superávit da balança comercial.

O superávit comercial chegou a US$ 1,679 bilhão em setembro e acumulou US$ 28,558 bilhões nos nove meses do ano, contra US$ 4,697 bilhões e US$ 38,145 bilhões nos mesmos períodos de 2018, respectivamente.

Exportações de bens

As exportações de bens totalizaram US$18,8 bilhões em setembro de 2019, recuo de 2,1% ante o mês correspondente de 2018. Na mesma base de comparação, as importações de bens aumentaram 18%, alcançando US$ 17,1 bilhões”, diz o BC, em relatório.

A conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de investimentos, entre outros) registrou saldo negativo de US$ 2,725 bilhões em setembro, e de US$ 26,053 bilhões de janeiro até o mês passado.

A conta renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), que também faz parte das transações correntes, ficou negativa em US$ 2,650 bilhões em setembro e em US$ 37,760 bilhões em nove meses.

A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) teve resultado positivo de US$ 209 milhões em setembro, e de US$ 1,201 bilhão em nove meses.

Investimento estrangeiro

Em setembro, o resultado negativo para as contas externas foi totalmente coberto pelos investimentos diretos no país (IDP). Quando o país registra saldo negativo em transações correntes precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior.

A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o IDP, porque os recursos são aplicados no setor produtivo. No mês passado, o IDP chegou a US$ 6,306 bilhões contra US$ 7,917 bilhões de igual mês de 2018. De janeiro a setembro, esses investimentos somaram US$ 47,519 bilhões contra US$ 53,953 bilhões em igual período do ano passado.

Com informações da AB

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