A participação do modal ferroviário nos portos do Paraná teve crescimento em 2019. O Porto de Paranaguá recebeu mais vagões e menos caminhões na descarga de açúcar, grãos e farelo para exportação. Enquanto o transporte ferroviário aumentou 4,53%, o rodoviário caiu 3,84% no seguimento. Diante dos números, a empresa pública que administra o porto começa 2020 com a expectativa de que a utilização dos trilhos cresça ainda mais no transporte da carga do Interior até os terminais portuários do Estado.
A expectativa é chegar a uma divisão de 50% para cada um dos dois modais. A proporção entre os modais que em 2018 era 20,92% de vagões para 79,08% de caminhões, passou para 22,34% de vagões para 77,66% de caminhões em 2019.
Para a empresa responsável pelas operações ferroviárias, a Rumo, uma das maneiras de otimizar a utilização dos trens é investir em tecnologia e inovação. Por isso, a empresa testa, em parceria com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), um modelo matemático que vai auxiliar no planejamento e aumentar a eficiência das manobras no Porto de Paranaguá.
No porto paranaense a Rumo atende 22 terminais, em 43 linhas diferentes, operando cerca de 800 vagões. Além de granéis sólidos de exportação, esses terminais atuam também nos segmentos dos granéis sólidos de importação (fertilizantes), líquidos (combustíveis) e Carga Geral (Celulose e Contêiner). Cada um tem uma capacidade estática e produtividade diferente.
Solução para o modal ferroviário
“São muitos terminais, muitas linhas e, consequentemente, muitas variáveis e opções na hora da tomada de decisões de planejamento operacional. Vamos utilizar o sistema para nos dar suporte e nos ajudar a tomar decisões mais rápidas e inteligentes, bem como a reduzir o tempo ocioso dos ativos”, afirma o gerente de Inovação, Amer Orra, um dos responsáveis pelo projeto testado em parceria com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
De acordo com o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento, Rafael Silva Pinto, que também está à frente do projeto, o Porto de Paranaguá é o mais importante, o maior e o mais complexo ponto de escoamento da malha sul operada pela Rumo, que vai do Mato Grosso do Sul, passando pelo Sul de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, até o Rio Grande do Sul. “Por isso, estamos validando o modelo aqui”.
No ano passado a empresa apresentou o a demanda e lançou o desafio para os estudantes do MIT que toparam e propuseram uma solução. No final de 2019, foi feita uma primeira análise do modelo. No primeiro semestre deste ano a empresa pretende desenvolver e automatizar o que foi desenvolvido. A ideia é que o sistema esteja em pleno funcionamento a partir de 2021.
Com informações da APN