Coronavírus: portos e aeroportos reforçam ações preventivas

Anvisa faz recomendação a pontos de entrada de pessoas no país e orienta sobre identificação de possíveis casos

Atenção se volta, principalmente, a portos e aeroportos que recebem operações chinesas | Foto: Divulgação/Anvisa

Com a confirmação de 26 óbitos provocados pelo coronavírus na China, os portos e aeroportos brasileiros intensificam medidas preventivas. Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu ações iniciais, voltadas a orientar as equipes que atuam nos pontos de entrada de pessoas no país. Entre os protocolos está o aumento da sensibilização para detecção da doença e reforço para notificação imediata de casos suspeitos.

Outra recomendação da Anvisa é para a intensificação dos procedimentos de limpeza e desinfecção nos terminais. O protocolo prevê, obrigatoriamente, a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) em pessoas designadas à tarefa.

Por enquanto, não há recomendação de restrições de viagem aos países com casos confirmados de coronavírus. As orientações repassadas pela Anvisa também são válidas para as fronteiras.

Alerta da Opas

Na última segunda-feira (20), a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu um alerta aos países-membros sobre o novo coronavírus (nCoV). A orientação foi para os profissionais da saúde permanecerem atualizados sobre a doença e buscarem informações sobre o histórico de viagens do paciente, em caso de suspeita. A atenção é, principalmente, a quem apresentar sintomas até 14 dias após viajar à região no entorno de Wuhan, na China.

Sintomas, transmissão e tratamento

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o coronavírus provoca doenças respiratórias, mas os sintomas dependem do vírus contraído. No entanto, existem sinais comuns, como febre, tosse, falta de ar ou dificuldades em respirar. Nos casos mais graves, essas infecções podem causar pneumonia, Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), insuficiência renal e óbito.

A principal forma de transmissão se dá por contato próximo com pessoa infectada. Por enquanto, não existe um tratamento específico para a doença. Em caso de suspeita, a recomendação feita pelos órgãos de saúde é que o paciente procure um médico para avaliar os sintomas e acompanhar a evolução do quadro.

Como ainda não existe vacina, a orientação da OMS é evitar o contato com pessoas que apresentem os sintomas. Também são recomendados hábitos comuns de higiene, como lavar as mãos com regularidade, e evitar tocar nos olhos, nariz e boca.

Preparativos na rede pública

Apesar de não haver casos suspeitos no Brasil, o Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência (COE). Esse comitê visa preparar a rede pública de saúde para o atendimento de possíveis casos do novo coronavírus. A pasta tem realizado monitoramento diário da situação junto à OMS, que acompanha o assunto desde as primeiras notificações de casos em Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro de 2019.

O COE é composto por técnicos especializados em resposta às emergências de saúde pública. Além do Ministério da Saúde, compõe o grupo órgãos como Opas/OMS, Anvisa e Instituto Evandro Chagas (IEC). A área de Vigilância Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também já foi notificada, para aumentar a atenção com o novo vírus.

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