O mercado de transporte marítimo vem enfrentando riscos com o surto de coronavírus. Tanto a movimentação de containers como de cargas granel seco deve se preparar para enfrentar o impacto do surto de coronavírus (Covid-19). De acordo com a consultoria Maritime Strategies International (MSI), a China importa cerca de 40% dos granéis secos globais. Adam Kent, diretor da MSI, observa que o risco mais significativo no momento para o transporte a granel a seco é a fragilidade da rede de transporte.
O transporte de containers também enfrenta a ‘tempestade’ causada pelo surto do coronavírus, mesmo quando as interrupções na produção industrial e nas operações portuárias da China estão criando uma grande redução no fornecimento de mercadorias.
Para as empresas de containers, o impacto do coronavírus é fundamentalmente uma questão de oferta, não demanda, observou Adam Kent, diretor da MSI.
Cargas de granel seco
Com o fechamento prolongado de fábricas chinesas e a mobilidade reduzida dos trabalhadores, seria esperada interrupção na rede da cadeia de suprimentos, além de interrupções na produção industrial doméstica e na demanda por importações de granéis secos.
A fraca produção industrial está afetando a demanda de energia e, ao contrário do segmento de minério de ferro, é provável que a interação entre demanda de carvão, produção e importação doméstica de carvão prejudique as importações este ano. “A produção da fábrica leva semanas para retornar ao normal. O coronavírus turbinou essas tendências sazonais normais”, opinou Kent.