Coronavírus: Empresas aéreas cancelam voos para a China

Lufthansa e British Airways são as primeiras europeias a suspender todos os seus voos para o país asiático por causa do surto

Foto de Anna Sophie Bruening/Lutfhansa

O surto de coronavírus começa a afetar a movimentação aérea para a China. Empresas europeias, americanas e asiáticas anunciam o cancelamento de voos para a China. As europeias British Airways e Lufthansa, entre outras, anunciaram que suspenderam todos seus voos para e da China continental. Nesta quinta-feira, o número de mortos pelo vírus foi atualizado para 170, e o de casos confirmados, para mais de 7,7 mil.

A suspensão da Lufthansa vale até 9 de fevereiro e afeta também subsidiárias, como a Austrian Airlines e a Swiss. Os voos para Hong Kong não são afetados pela decisão. A Lufthansa e suas subsidiárias têm 73 voos para e da China por semana.

A empresa indonésia Lion Air, uma das maiores da Ásia, comunicou que vai suspender seus voos para a China a partir deste sábado. A Lion Air tem conexões para 15 destinos no país.

A americana United Airlines comunicou nesta terça-feira que reduzirá os serviços a partir dos EUA para a China em razão de uma enorme queda na procura por passagens, após um alerta das autoridades de saúde dos EUA para que a população evitasse viagens que não fossem essenciais.

A American Airlines afirmou que não terá conexões de Los Angeles para Xangai e Pequim de 9 de fevereiro a 27 de março, também devido à queda na procura por bilhetes.

A Air France interrompeu três voos semanais para Wuhan, mas manteve outros 23 para Pequim e Xangai.

Entre as outras empresas que anunciaram decisões semelhantes estão a Ukraine International Airlines, a Skyup Airlines, a Air Austral, a Air India e a Seoul Air. As autoridades do Cazaquistão ordenaram a suspensão de conexões com a China por avião, trem e ônibus.

Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha desaconselham seus cidadãos a viajar para China. Nesta quarta-feira, centenas de japoneses e americanos foram retirados de Wuhan, no centro de China, onde o surto do novo coronavírus começou em dezembro.