A agitação no Chile se espalhou para os portos do país na forma de greves, com o toque de recolher imposto em Santiago e em outras cidades. A agitação começou na semana passada, quando os estudantes protestaram contra o aumento das tarifas de metrô, agora suspensas, e aumentando os custos de vida, e rapidamente se transformaram em violência, incêndio criminoso e saques.
Na segunda-feira (21/10), ocorreram greves em 20 portos chilenos, incluindo San Antonio e Valparaíso, informou a mídia local. Os movimentos ocorreram em solidariedade aos manifestantes de todo o país. É na região Central, onde San Antonio e Valparaíso estão localizados, que a maioria das mercadorias e frutas do Chile é exportada.
No porto de San Antonio, as atividades do primeiro turno desta terça-feira (22/10) ocorreram normalmente, mas em comunicado na página oficial foi informado que não havia garantias para o segundo turno, a partir das 16h45min (horário local).
No porto de Valparaíso o Encontro de Logística e Comércio Exterior (Enloce 2019) que estava programado para esta terça-feira foi cancelado.
Segundo relatos da imprensa, 11 pessoas morreram, principalmente durante saques de supermercados em chamas, mais de 1.500 foram detidos e os danos chegaram a US $ 300 milhões. O governo declarou estado de emergência na sexta-feira, com soldados sendo enviados para Santiago, onde um toque de recolher foi imposto na capital e em várias outras cidades.
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