A China procurará adquirir mais tipos de carne suína de diferentes destinos no exterior e ampliar o acesso ao mercado doméstico para empresas estrangeiras registradas. O país registra uma escassez de carne de porco devido a um surto de peste suína africana e procurar formas de restabelecer o abastecimento.
A peste suína africana resultou em uma escassez de mais de 10 milhões de toneladas de carne suína, ou pelo menos 20% da produção total da China este ano. As autoridades estimam que a recuperação completa da capacidade de produção de suínos e criação de novos porcos levará pelo menos seis meses. A carne de porco, um alimento básico, responde por mais de 60% do consumo de carne da China.
Como solução pontual, a China vem expandindo novos canais de importação e permitindo que as empresas mantenham discussões comerciais com países estrangeiros.
Durante os primeiros nove meses deste ano, a China importou 1,32 milhão de toneladas de carne suína, 43,6% acima do mesmo período do ano anterior. Segundo o Ministério do Comércio, a maior parte da carne veio de países europeus como Espanha, Alemanha, Holanda, Dinamarca, França, Reino Unido, além do Canadá, Brasil e Estados Unidos.
Demanda por carne bovina
A falta de carne suína fez crescer a procura e demanda por carne bovina. No Brasil, o crescimento das exportações para a China impactou os preços do mercado interno. A situação deve continuar nos próximos meses pois o país estimulará ainda mais as importações de carne, fazendo com que o total importado potencialmente supere 6 milhões de toneladas este ano. Desse volume, as importações de carne suína e os produtos relacionados devem atingir 3 milhões de toneladas.