Todo o trabalho de planejamento do agente de carga conta com a parceria do terminal portuário por onde será feito o transporte. E no porto o projeto também exige tratativa operacional diferenciada. O supervisor de equipamentos da Portonave, David da Silva Raimundo (Ceroll), explica que alguns fatores técnicos, regrados pelas normas de segurança, devem ser considerados como centro de gravidade, ângulo de içamento, esforço dos materiais de acordo com ângulo de fixação, fragilidade de carga em exposição e peças que se sobressaem. “Para essas unidades também é necessário um planejamento prévio de local de armazenagem e equipamento a ser utilizado, além das equipes que farão o trabalho” acrescenta.
Na Portonave, a movimentação de cargas especiais representa menos de 1% do total movimentado, “mas temos expertise para atuar com cargas em excesso e/ou break bulk em navios contêineres”, reforça o supervisor de equipamentos.
Tipos de carga
As mercadorias que mais exigem esta atenção especial são os componentes de fábricas, máquinas com grandes dimensões, geradores, veículos (automóveis, lanchas/iates, aeronaves), equipamentos de construção, trens. O supervisor da Portonave lembra de um transporte feito em 2012 em que foi embarcado um transformador da WEG de cerca de 150 toneladas.
Foi uma operação especial, realizada simultaneamente por dois MHCs (Mobile Harbour Crane). Durou cerca de uma hora e requereu muitos cuidados, tanto para preservar a mercadoria do cliente quanto para garantir a segurança dos profissionais envolvidos”, conta.
Complexidade
A complexidade deste transporte é tão grande que há situações onde o porto pode declinar do trabalho. “O terminal pode negar o transporte em casos em que as características da carga estejam acima do limite da capacidade dos equipamentos de içamento; contenham materiais perigosos não permitidos; estejam indevidamente alocadas nos contêineres; e não exista garantia de segurança no manuseio”, exemplifica Ceroll.
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