Cabotagem cresce 28% em oito anos, informa Antaq

Segundo a Agência, capacidade utilizada da frota de porta-containers atingiu 76,2%

Foto Divulgação Antaq

Estudo da Agência Nacional de Transportes Aquaviário (Antaq) indicou que o transporte de cabotagem cresceu 28% nos últimos oito anos. A mesma pesquisa indicou que a capacidade utilizada da frota de porta-containers na cabotagem atingiu 76,2% em agosto do ano passado.

O estudo, desenvolvido pela Gerência de Desenvolvimento e Estudos (GDE) da Superintendência de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade – SDS, visou fomentar opções regulatórias para aumentar a competição no transporte de contêineres na cabotagem.

A partir de dados do Sistema de Desempenho Portuário (SDP), da Antaq, foi possível identificar um crescimento de 28% na cabotagem, de 2010 a 2018, saltando de aproximadamente 127 milhões de toneladas para 163 milhões de toneladas, tendo o transporte de containers se destacado no período, crescendo sistematicamente desde 2010, e atingindo a participação de 18,1% em 2018, e se consolidando como o segundo maior perfil de carga transportado na cabotagem, atrás apenas dos granéis líquidos e gasosos.

Utilização da frota para cabotagem

Assim, a partir dos dados da frota de porta-containers disponível atualmente para o transporte de cabotagem, o estudo avaliou o nível de utilização da frota, chegando ao valor de 76,2% de sua capacidade em agosto de 2019.

Segundo o gerente de Desenvolvimento e Estudos da Antaq, José Neto, “tal valor, considerando que o patamar prudencial de 70% pode ser utilizado como limite da eficiência do sistema, é um valor elevado, podendo ocasionar, no curto prazo, problemas de absorção da demanda, do aumento do valor do frete e da queda da qualidade do serviço prestado aos usuários do serviço, se constituindo, portanto, em um problema regulatório a ser enfrentado”.

Ainda segundo o gerente, “há a necessidade dos players do mercado se atentarem para esse fato e agirem no sentido de ampliar a oferta de serviços. Por outro lado, medidas em gestação no governo federal, na denominada BR do Mar, bem como ações regulatórias da própria Agência podem facilitar a ampliação da oferta de serviços no transporte de containers na cabotagem no curto prazo”.

A versão integral do estudo estará disponível em breve no site da Antaq.