No fim do encontro do Brics, os chefes de Estado de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul aprovaram a Declaração de Brasília. É um resumo de tudo o que foi feito de um ano para cá, enquanto o Brasil ocupou a presidência rotativa do bloco dos países emergentes. No documento, os países destacaram a necessidade de reformar o sistema multilateral para ampliar a livre circulação de pessoas e mercadorias. Também chamaram atenção para a importância de fortalecer as bases econômicas e financeiras internacionais, com atenção especial para o aumento na cooperação entre os países do Brics.
Além da livre circulação de pessoas e mercadorias os chefes de Estado do Brics apontaram, ainda, o diálogo e a diplomacia como os melhores caminhos para resolver as crises regionais, sempre respeitando a soberania das nações. O texto completo da declaração aborda mais de 70 pontos.
Agricultura
Na área da agricultura, o documento reconhece a importância da cooperação entre os países e da gestão sustentável dos recursos naturais e destaca que o comércio no bloco deve se basear na ciência e na tecnologia.
“Na condição de líderes mundiais na produção de produtos agrícolas e lar de grandes populações, destacamos a importância da cooperação do Brics na agricultura.Reconhecemos a importância da agricultura de bases científicas e do uso de TICs para essa finalidade. Sublinhamos a necessidade de garantir segurança alimentar, qualidade sanitária dos alimentos, combater a desnutrição, eliminar a fome e a pobreza por meio do aumento da produção agrícola, da produtividade, da gestão sustentável dos recursos naturais e do comércio agrícola entre os países do Brics”, diz o documento.
Essa foi a segunda vez que Brasília recebeu a reunião de chefes de Estado do Brics. A primeira foi em 2010. Durante a presidência do Brasil, o bloco fez 116 reuniões oficiais, sendo a maior parte delas temáticas. Agora, quem assume a presidência do Brics é a Rússia, que vai sediar a próxima cúpula no ano que vem, em São Petersburgo.
Com informações da RAN e MA.