Brasil e EUA avançam discussões para ampliação do comércio

Objetivo é alcançar resultados concretos, em curto prazo, para os dois países

Foto: Alan Santos / PR

O evento de relançamento do diálogo comercial entre Brasil e EUA ocorreu, em Brasília, com a participação de técnicos e autoridades dos dois governos. Ocorreram reuniões com os grupos de facilitação de comércio; boas práticas regulatórias; padrões e avaliação; conformidade; metrologia; comércio na economia digital; além de direitos de propriedade intelectual.

Durante o evento, o secretário de Comércio Exterior substituto do Ministério da Economia, Leonardo Lahud, destacou que “Os EUA são nosso parceiro fundamental e há uma janela de oportunidade que dá impulso à nossa agenda comercial”. “Há hoje um alinhamento político claro entre os dois países e esta aproximação dá impulso ao nosso diálogo comercial. O objetivo é alcançar resultados concretos em curto prazo”, disse. “Vivemos, de fato, um momento especial. Esta é uma janela de oportunidade e é importante a participação do setor privado dando o impulso aos dois governos para que a gente saiba de fato quais são as prioridades dos dois lados”, reforçou.

Para o subsecretário adjunto de Negociações Internacionais do Ministério da Economia, João Rossi, o relançamento do diálogo comercial entre Brasil e EUA é um importante instrumento de integração bilateral. “O objetivo é facilitar os fluxos de comércio e investimentos entre os dois países, trazendo temas e apresentando soluções. Precisamos encontrar caminhos para avançar na integração com nosso segundo maior parceiro comercial e principal investidor estrangeiro no Brasil”, declarou.

Também participaram o diretor de Política na Administração de Comércio Internacional do Departamento de Comércio dos EUA, Joseph Laroski; e a  CEO da Amcham Brasil, Deborah Vieitas. O vice-presidente Executivo da Amcham, Abrão Neto, mediou o debate com a participação empresarial.

Discussões

De acordo com Lahud, os maiores avanços foram nas discussões para agilizar a emissão de certificados fitossanitários para exportações brasileiras aos EUA. Um projeto piloto sobre o assunto pode ser lançado nos próximos meses. Além disso, segundo ele, os dois governos avançam para a celebração um acordo de reconhecimento mútuo de Operadores Econômicos Autorizados (OEA), que são intervenientes em operações de comercio exterior, medida que vai facilitar e agilizar procedimentos aduaneiros, beneficiando os exportadores dos dois países.

A secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia e a Câmara Americana de Comércio no Brasil (Amcham Brasil), realizaram, durante o evento, uma sessão aberta onde as medidas discutidas foram detalhadas ao público formado por empresários, técnicos e jornalistas. Lahud informou que o governo brasileiro está implementando uma guinada na política de comércio exterior do país com o fechamento dos acordos entre Mercosul e União Europeia e com a Associação Europeia de Livre Comércio (European Free Trade Association -Efta), formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, além de avançar nas negociações com Canadá, Coreia do Sul, Cingapura, entre outros. “O resultado desse trabalho será a redução do custo Brasil e o aumento da competitividade da economia brasileira”, afirmou Lahud. Ele também destacou as amplas reformas que estão na agenda do governo, como a previdenciária e a tributária, além do programa de concessões e privatizações.

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