Balança comercial tem segundo maior superávit para abril

Quarto mês de 2020 encerrou com saldo positivo de US$ 6,7 bilhões

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A balança comercial brasileira fechou o mês de abril com saldo positivo de US$ 6,7 bilhões. O dado apresentado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia aponta crescimento de 24,5% em relação a 2019. Esse foi o segundo maior saldo comercial da história para abril, atrás somente de 2017, quando somou US$ 7 bi. A corrente de comércio no período chegou a US$ 29,9 bilhões: US$ 18,3 bi em exportações e US$ 11,6 bi em importações.

No ano, também há saldo positivo acumulado, com superávit de US$ 12,2 bilhões. A corrente de comércio em 2020 chega a US$ 123,4 bi, com exportações em US$ 67,8 bi e US$ 55,5 bi em importações.

Resultados das exportações

Na média diária, a exportação brasileira de abril apresentou US$ 915,6 milhões por dia útil. Na comparação com o mês de 2019, o valor é 0,3% menor. Conforme o Ministério da Economia, a redução foi proporcionada pelo recuo de 5,5% nos preços dos bens em relação ao ano anterior. Por sua vez, o volume exportado, medido pelo índice de quantum, apresentou crescimento de 2,9% no mês.

Os destaques das exportações ficaram com os embarques de soja (16,3 mi de toneladas), farelo de soja (1,7 mi), óleos combustíveis (1,3 mi), alumina (770 mil), minério de cobre (121 mil), carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (116 mil), algodão bruto (91 mil) e carne suína (63 mil).

Em relação ao valor exportado, houve recorde mensal em soja (US$ 5,5 bilhões), carne bovina (US$ 509 milhões), ouro (US$ 278 mi), minério de cobre (US$ 231 mi), alumina (US$ 228 mi), carne suína (US$ 154 mi) e algodão bruto (US$ 141 mi).

As exportações brasileiras para a Ásia cresceram 28,7% em relação a abril de 2019. Para China, Hong Kong e Macau houve crescimento de 27,9%. Já para a Coreia do Sul o aumento foi de 182%.

Importações no período

Já as importações brasileiras em abril caíram 10,5% em valor. A diminuição foi de 7,9% no índice de preços e de 6,8% no índice de quantum. As retrações no último mês foram de combustíveis (-28,3%), bens de consumo (-22,4%), bens de capital (-21,9%) e bens intermediários (2,3%).

A corrente de comércio somou US$ 30 bi, com redução de 4,5% pela média diária. A principal influência, na análise do Ministério, foi a redução das compras externas.

Negócios no quadrimestre

O volume exportado cresceu 1,1% no primeiro quadrimestre de 2020. No entanto, diante da queda de 2,6% nos preços comercializados, consequência do desaquecimento global, o valor exportado recuou em 3,7%, para US$ 67,8 bilhões.

Em relação ao volume importado, houve crescimento de 3,1% no quadrimestre. Porém, o período apresentou diminuiu 6,2% nos preços importados. Com isso, o saldo comercial recuou 16,4% em relação aos quatro meses de 2019, atingindo US$ 12,3 bi em 2020.

 

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