Apenas 1% dos portuários são diagnosticados com Covid-19

Entre 15% e 20% dos trabalhadores são afastados por integrarem grupo de risco

Crédito da imagem: Minfra/Divulgação

Entre os 50 mil trabalhadores do setor portuário brasileiro, apenas 500 foram diagnosticados com Covid-19. É isso o que aponta o Ministério da Infraestrutura (MInfra), por meio da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários. Até a primeira semana de junho, somente 1% dos profissionais tiveram teste positivo para a doença.

O dado foi apresentado pelo secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, em evento on-line organizado pela Intermodal South America. Em conversa com o diretor da feira, Hermano Pinto Junior, Piloni avaliou que as medidas de enfrentamento ao novo coronavírus estão sendo eficazes no setor. “Consideramos que o número está dentro do controle quando pensamos em um público que acaba se expondo mais ao risco”, analisou o secretário.

MP dos Portuários e afastamentos

Outra questão relacionada à Covid-19 e ao setor é a chamada “MP dos Portuários”. A Medida Provisória nº 945/2020, editada no início de abril, garante cobertura indenizatória aos trabalhadores que precisam ser afastados por integrarem grupo de risco. Segundo Piloni, entre 15% e 20% dos colaboradores foram afastados com a garantia salarial pelos Órgãos Gestores de Mão de Obra (OGMOs).

Além disso, ele reforça que a MP tem evitado aglomerações nos portos, o que contribui para o baixo índice de contágio. “Eu via grandes quantidades de trabalhadores reunidos e ficava preocupado. Trouxemos a escalação eletrônica, que tem sido um sucesso. Os próprios trabalhadores reconhecem a importância disso”, pontuou Piloni.

Outras agendas em andamento

No evento on-line, o secretário afirmou ainda que, mesmo durante a pandemia, as agendas do setor portuário continuam em andamento. Um exemplo é a audiência pública virtual que será realizada nesta terça-feira (9) sobre áreas do Porto de Santos (SP). Também é encaminhado o cronograma de desestatizações e contratos para implementação de novos Terminais de Uso Privado (TUPs).

O programa de incentivo à cabotagem também está em andamento e deve ser enviado ao Congresso. Atualmente, essas operações ocupam 11% da matriz logística brasileira. Dessas, 70% são referente ao setor petroleiro, conforme o MInfra. “Há espaço para o crescimento de operações de carga geral e de contêineres pela cabotagem”, avaliou o secretário nacional.

Outras diretrizes do programa são zerar o imposto de importação de embarcações estrangeiras, já em vigor, e flexibilizar o afretamento. Esse último ponto aplicado tanto a casco nu (navio afretado sem bandeira) quanto a tempo (com bandeira estrangeira). Tais medidas, de acordo com Piloni, vão permitir crescimento na frota para melhor prestação do serviço.

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