As ações para expandir o agronegócio brasileiro resultaram, entre 2019 e 2020, na abertura de 48 novos mercados. No período, as negociações com 21 países foram ampliadas, envolvendo em torno de 30 tipos de produtos. O levantamento é da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), com base em informações de janeiro do ano passado a março deste ano.
Conforme a FPA, a expansão foi fruto do trabalho desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A atuação ocorreu principalmente por meio de missões oficiais, que favoreceram firmar os novos acordos pelo mundo. “Nas visitas foi possível ampliar fronteiras comerciais, fazer novas conquistas de comércio e se está colhendo frutos importantes para a fortalecimento do agronegócio nacional”, aponta o presidente da FPA, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS).
Produtos do agronegócio em destaque
Os produtos relacionados à pecuária estão entre os de maior destaque nos novos mercados. Só em relação aos bovinos, segundo a FPA, a previsão de exportação anual é de, ao menos, 25 mil toneladas. Entre as parcerias firmadas estão países como Indonésia e Kuwait, assim como a reabertura nos Estados Unidos. Em relação à carne de frango, a estimativa é de 7% a 8% de crescimento nas vendas em negócios com a Índia.
As notícias também são boas para o arroz e os produtos lácteos brasileiros, de acordo com o levantamento. O país exporta em torno de 950 mil toneladas do cereal ao México, enquanto as exportações de leite em pó, queijos e outros derivados têm estimativas comerciais na casa dos US$ 4,5 milhões. O valor é resultado da habilitação de 24 empresas brasileiras pela China, além de negócios com o Japão.
No Mercosul, um acordo com a Argentina visa eliminar, ainda em 2020, barreiras nas comercializações entre os dois países. Em relação à ampliação de mercado, os “hermanos” autorizaram a importação de dez novos tipos de produtos brasileiros.
Mercados abertos entre jan/2019 e mar/2020:
- Arábia Saudita: castanhas do Brasil;
- Argentina: carne de rã, lácteos para alimentação animal, lanolina, termoprocessados de aves, aparas de pele bovina para produção de gelatina, embriões bovinos, sêmen suíno, carne suína curada, bile aviária e peixes vivos;
- Cazaquistão: bovinos vivos;
- China: produtos lácteos (como leite em pó e queijos), melão, farelo de algodão, miúdos suínos, pescados e carne bovina termoprocessada;
- Colômbia: plântulas de teca e milho pipoca;
- Coreia do Sul: pescados e camarão;
- Egito: lácteos, carne bovina, carne de frango, miúdos de bovinos, caprinos e ovinos vivos;
- Emirados Árabes: material genético avícola (pintos de um dia e ovos férteis);
- Equador: bovinos vivos;
- Estados Unidos: carne bovina;
- Guiana: mudas de coco;
- Índia: carne de frango e gergelim;
- Indonésia: carne bovina;
- Japão: lácteos para alimentação animal;
- Kuwait: carne bovina;
- Malásia: bovinos vivos;
- Marrocos: pescados e material genético avícola (pintos de um dia e ovos férteis);
- México: arroz beneficiado;
- Peru: farinha de subprodutos de aves;
- Singapura: carne e miúdos de aves e carne suína;
- Zâmbia: bovinos vivos, sêmen bovino e embrião bovino.
Dos Campos do Brasil para o Mundo
Para fortalecimento das políticas adotadas pelo governo, a Frente Parlamentar lançou a campanha “Dos Campos do Brasil para o Mundo”. Nessa terça-feira (28), um vídeo foi publicado nas redes sociais da FPA, detalhando o trabalho e ações do Mapa.
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