Uma das principais áreas de importação e exportação do país, na fronteira com o Paraguai e a Argentina, passa a ter um Centro Integrado de Operações de Fronteira (Ciof). O local é apontado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública como “estratégico” no enfrentamento ao crime organizado, principalmente na luta contra os ilícitos transfronteiriços, como o tráfico de drogas e armas, o financiamento ao terrorismo e a lavagem de dinheiro.
Além de fortalecer a vigilância na região, o Ciof vai coordenar os esforços de investigação e combate ao crime organizado dos vários órgãos participantes, que compartilharão informações mais rapidamente. Os órgãos que participam da iniciativa são: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Nacional de Inteligência, Ministério da Defesa, Unidade de Inteligência Financeira (o antigo Coaf), Receita Federal, Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica internacional e o Departamento Nacional Penitenciário, entre outros.
A expectativa é que, a exemplo dos três centros integrados de Inteligência de Segurança Pública inaugurados nos últimos meses nas regiões Nordeste, Sul e Norte, e do centro nacional em funcionamento desde agosto, o Ciof permita uma maior integração entre os agentes de segurança dos órgãos participantes e forças de policiamento.
O centro inaugurado em Foz do Iguaçu ocupará uma área de 600 metros quadrados no Parque Tecnológico de Itaipu, em Foz do Iguaçu. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, funcionará como uma espécie de escritório de comando e controle para as operações ostensivas, integrando agentes dos órgãos e agências participantes.
O Ministro Sérgio Moro explicou que o Ciof é semelhante ao modelo de escritórios norte-americanos de monitoramento e que foi instalado em local estratégico, em razão da Tríplice Fronteira. Segundo ele, a tendência é que esses centros também contem com representantes de países que fazem fronteira com o Brasil.
Com informações da AB.