Um intercâmbio de cerca de dois anos na Austrália foi o diferencial que colocou Juan Martín Baumann no mercado de Comércio Exterior. Na verdade, a cereja do bolo foi a fluência em Inglês adquirida com a experiência ao morar fora do Brasil. Atualmente, ele trabalha como trader do mercado da África na Portobello S.A., empresa de revestimentos cerâmicos sediada em Tijucas (SC) e líder do segmento na América Latina.
Inclusive, Juan acredita que essa é uma habilidade indispensável para quem deseja trabalhar com Comércio Exterior: o domínio de um segundo idioma, de preferência o Inglês. “A formação é importante, mas ter bons conhecimentos na área e a fluência em Inglês também são pré-requisitos fundamentais”, assegura o profissional.
De nacionalidade argentina, Juan veio para o Brasil com os pais, no fim de 2002, quando tinha 15 anos. Residiram em Torres, no litoral gaúcho e, em 2008, ele foi morar em Criciúma (SC) para, um ano e meio depois, concluir a Graduação em Administração com Habilitação em Comércio Exterior, na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc).
“Fui para o intercâmbio na Austrália após me formar e foi graças a isso que, quando voltei ao Brasil, consegui minha primeira oportunidade na área, numa comercial exportadora. Ali foi minha primeira experiência com Comércio Exterior”, lembra Juan.
A chance na Portobello surgiu em 2017, após a indicação de uma amiga. Na empresa, Juan começou como Analista de Mercado para a Oceania, Paraguai e Europa. Hoje com 32 anos e morando na capital catarinense, ele assumiu a função de trader e é responsável por cuidar dos interesses e da relação da companhia junto ao mercado da África. Com 42 anos de história, a Portobello está presente em todos os continentes e exporta para mais de 60 países, o que representa 20% de seu faturamento.
Os desafios e o lado positivo como trader
O trader é um executivo de vendas internacional incumbido de representar a marca no mercado que é de responsabilidade dele. Juan cuida da carteira de clientes, prospecção de mercados, é responsável por viagens internacionais, participação em feiras e eventos, entre outras funções relacionadas ao continente africano.
“Trabalhar com Comércio Exterior tem muitos desafios. A venda para o exterior é um pouco mais complexa do que uma venda para o mercado interno. Temos que lidar com questões logísticas, econômicas, de legislação, que ultrapassam as fronteiras. São fatores que não dizem respeito ao nosso país diretamente, mas que influenciam nosso trabalho e o resultado da empresa, o que, às vezes, pode estressar a cadeia como um todo, mas faz parte”, pontua Juan.
Em contraponto, ele destaca que “o mais positivo [da profissão] é o contato constante com os clientes, o contato com praticamente todas as grandes empresas do ramo no mundo. Isso aumenta o networking e nos faz crescer profissional e pessoalmente”.
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