O Brasil voltou a figurar na lista dos 25 países mais confiáveis para o investimento estrangeiro direto (IED). É isso o que aponta o indicador produzido pela consultoria norte-americana A.T. Kearney, divulgado nesta terça-feira (16), e compartilhado pela Agência Brasil.
Após ficar fora da lista de 2019, o Brasil voltou para o ranking em 2020. Neste ano, a nação é a única da América Latina a ser elencada. Pelo oitavo ano consecutivo, os Estados Unidos lideram como país mais atrativo para investimentos estrangeiros. Em seguida, aparece o Canadá, Alemanha, Japão e França. Completam a lista dos dez primeiros colocados, pela ordem: Reino Unido, Austrália, China, Itália e Suíça.
O Índice de Confiança do Investimento Estrangeiro Direto (IED) da Kearney é uma pesquisa anual feita com executivos das 500 maiores empresas do mundo. As classificações são calculadas com base em perguntas sobre a probabilidade das empresas fazerem investimentos diretos em um mercado nos próximos três anos. A pontuação varia em uma escala de 1 a 3. No caso do Brasil, a pontuação apurada foi de 1,65.
“Depois de sair do ranking de 2019, o Brasil retoma uma posição este ano, ficando em 22º lugar. Entre os fatores que impulsionaram o sentimento de investimento estão a aprovação da reforma da previdência e os esforços do governo para ampliar as privatizações, o que devem estimular o crescimento da economia”, aponta o relatório da Kearney sobre o desempenho brasileiro.
Definição de investimento estrangeiro
A consultoria define investimento estrangeiro direto como aplicação de capital por uma empresa estrangeira em um empreendimento em país diferente. É o mesmo conceito definido pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), de que se trata de “um investimento que envolve um relacionamento de longo prazo e reflete um interesse e controle duradouros por uma entidade residente em uma economia (investidor direto estrangeiro ou empresa-mãe) de uma empresa residente em outra economia (IDE) empresa ou afiliada empresa ou afiliada estrangeira)”.
Consulte a lista completa do IED de 2020.
Efeitos da pandemia
O levantamento da Kearney foi feito entre 27 de janeiro e 3 de março. Como o intervalo foi anterior ao ápice da pandemia de novo coronavírus, os efeitos da crise global só foram captados de parcialmente. “No início do período da pesquisa, antes da disseminação do vírus, os líderes empresariais eram razoavelmente otimistas sobre a economia global e o futuro do investimento direto. A Covid-19 parecia estar contida na Ásia. De fato, mais investidores disseram estar mais otimistas sobre o próximo ano do que no ano passado. No entanto, quando os investidores perceberam que estavam ‘entrando na tempestade’ nas últimas duas semanas da pesquisa, a confiança dos investidores diminuiu de maneira previsível em todos os setores – para mercados desenvolvidos, emergentes e de fronteira, refletindo o rápido surto da pandemia”, expõe o relatório.
Informações da Agência Brasil.
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